sexta-feira, 9 de janeiro de 2009


A ingestão excessiva de comida

A ingestão excessiva de comida é uma perturbação caracterizada pelo consumo exagerado de alimento que não seja seguido de uma purga.

Nesta perturbação, as refeições exageradas contribuem para uma ingestão excessiva de calorias. Ao contrário da bulimia nervosa, a ingestão excessiva de comida acontece principalmente em pessoas obesas e torna-se mais frequente à medida que o peso aumenta. As pessoas que apresentam ingestão excessiva de comida tendem a ser mais velhas do que as que sofrem de anorexia ou de bulimia nervosa e a proporção de homens é maior (quase metade).

Sintomas

As pessoas que têm esta perturbação sofrem por isso. Cerca de 50 % das pessoas obesas que têm esta perturbação estão deprimidas, face a apenas 5 % das pessoas obesas que não a apresentam. Embora esta perturbação não produza as alterações físicas que podem ocorrer na bulimia nervosa, representa um problema para uma pessoa que está a tentar perder peso.

Tratamento

Dado que a perturbação devida à ingestão excessiva de comida foi recentemente identificada, não se desenvolveu ainda um tratamento padrão. Geralmente, as pessoas são tratadas segundo os programas convencionais de perda de peso para a obesidade, os quais prestam pouca atenção ao consumo alimentar excessivo (mesmo quando 10 % a 20 % das pessoas que estão nestes programas sofrem desta perturbação). Em geral, estas pessoas aceitam esta situação porque as preocupa mais a sua obesidade do que os seus excessos alimentares.

Estão a desenvolver-se tratamentos específicos para esta perturbação, baseados no tratamento da bulimia nervosa; estes incluem psicoterapia e fármacos (antidepressivos e inibidores do apetite). Embora ambos os tratamentos sejam razoavelmente eficazes no controlo da ingestão excessiva de comida, a psicoterapia parece ser mais eficaz a longo prazo.

Fonte: Manual Merck

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