quinta-feira, 20 de maio de 2010


Teoria dos Fios de Ouro & Terapia do Elogio


A Teoria dos Fios de Ouro
Humberto Maturana é um biólogo chileno que fala e escreve muito sobre como somos resultado de nossas emoções e relações. Ele tem uma teoria sobre como viver em estado de graça e evitar a depressão ou aquela solidão de isolamento e abandono.

Chamo essa sua teoria dos Fios de Ouro e explico assim: cada vez que faço um vínculo, por estar absolutamente verdadeira e presente, com flores, cores, lua, céu, mar, animais, cristais, artes, pessoas, amigos, conversas, livros, palavras, expressões, risos, choros, abraços, mãos dadas, olhares etc., cada vez que me emociono com estes momentos de troca, de relação; Maturana afirma que se formou, em cada um destes contatos verdadeiramente percebidos e vividos, um Fio de Ouro que me liga àquela flor, quadro, sorriso, lágrima, lua, filho ou amigo.

Assim, toda vez que me acontecer algo que possa me roubar energia, me jogar no chão, como numa solidão depressiva ou ansiedade doentia, todos aqueles fios de ouro não me deixarão cair ou caída por muito tempo.
E, quanto mais Fios de Ouro vou cronstruindo pela vida, mais difícil será cair e me sentir sozinha. Mais fácil e rapidamente me recupero daquele desafio e sigo encontrando situações para me manter alerta e tecendo novos Fios de Ouro, fortalendo minha malha de sustentação ao amor e estado de graça.
E, quanto mais ligada à vida estou por estes Fios de Ouro, mais vontade tenho de rir, abraçar e elogiar!

Então, vejamos o que o psicólogo Arthur Nogueira tem a nos falar sobre sua Terapia do Elogio:
Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos etc.

Só vemos pessoas distantes do seu coração valorizando artistas, cantores, fofocas, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a obrigação de cuidar do corpo, do rosto, da imagem e só.

Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias, a todos. A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho ou percepção impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados.

Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?

Pense nisso! 

Um comentário:

Rosângela de Souza Goldoni disse...

Muito bom o artigo!
Parabéns!
Bjs
rogoldoni